A OpenAI está de olho no Chrome: Se Google for obrigada a vender, OpenAI tem interesse em comprar

A OpenAI está de olho no Chrome: Se Google for obrigada a vender, OpenAI tem interesse em comprar
Foto por Rubaitul Azad / Unsplash

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A gigante da inteligência artificial pode redefinir a forma como navegamos na internet, caso o Google seja forçado a vender o navegador mais popular do mundo.


[Atualizado em abril de 2025]
Uma movimentação inesperada chamou atenção no mais recente capítulo da batalha judicial entre o Google e o governo dos Estados Unidos. Durante o julgamento que pode forçar a separação de partes do império da big tech, a OpenAI — responsável pelo ChatGPT — afirmou que tem interesse em adquirir o navegador Chrome, caso a justiça obrigue sua venda.

O comentário foi feito por Nick Turley, chefe da divisão do ChatGPT na OpenAI, que participou como testemunha no processo. Quando questionado sobre a possibilidade de o navegador mudar de mãos, Turley foi direto:

“Sim, nós estaríamos [interessados], assim como muitas outras partes.”

Entenda o que está acontecendo com o Google

O Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) acusa o Google de atuar como monopólio nos mercados de buscas e publicidade digital. A mais recente decisão judicial, de agosto de 2024, declarou as práticas da empresa como monopolistas, em um documento de 277 páginas assinado pelo juiz Amit P. Mehta, da Corte Distrital de Columbia.

Mais recentemente, em abril de 2025, o Google foi novamente classificado como monopolista, desta vez por sua atuação no segmento de anúncios online. Ainda não há uma decisão final, mas a possibilidade de um desmembramento obrigatório de operações está sobre a mesa — e o navegador Chrome pode ser uma das vítimas dessa reorganização forçada.


Por que a OpenAI quer o navegador Chrome?

Para a OpenAI, o interesse vai muito além de estatísticas de mercado. Hoje, empresas como o Google controlam os principais pontos de entrada para o consumo digital: navegadores e lojas de aplicativos. Isso limita a forma como produtos concorrentes, como o próprio ChatGPT, são descobertos pelo público.

“Temos concorrentes poderosos que controlam os pontos de acesso de como as pessoas descobrem produtos, inclusive o nosso produto. A escolha real impulsiona a concorrência. Os usuários devem poder escolher”, afirmou Turley no tribunal.

Se a OpenAI assumisse o controle do Chrome, poderia transformá-lo em um navegador centrado em inteligência artificial, com integração nativa de seus modelos conversacionais, motores de busca alternativos e recursos de produtividade baseados em IA — criando uma experiência completamente diferente da proposta atual do Google.


O impacto de uma possível venda do Chrome

Se a justiça determinar a venda do Chrome, o impacto será sísmico na indústria de tecnologia. Estamos falando do navegador mais usado do planeta, presente em bilhões de dispositivos e integrado de forma quase simbiótica com o ecossistema Android e Google Search.

A possível aquisição por parte da OpenAI (ou de outra empresa interessada) poderia redesenhar completamente a experiência de navegação na web:

  • Navegador com IA integrada desde a instalação;
  • Redução da dependência do Google Search como buscador padrão;
  • Fortalecimento de modelos como ChatGPT, Claude, Gemini ou Perplexity dentro do fluxo de navegação diária.

Outros interessados e preocupações do mercado

A OpenAI não está sozinha nesse jogo. Empresas como a Perplexity AI também demonstraram interesse — ou preocupação — com o futuro do navegador. O receio é que o Chrome caia nas mãos de um player que comprometa seu código-base aberto, a qualidade do produto ou a liberdade de navegação dos usuários.

Enquanto isso, o Google se mantém firme: nega qualquer plano de venda e promete recorrer de todas as decisões que ameacem seu portfólio de produtos.


A guerra dos navegadores, versão 2025

No fim das contas, esse embate pode marcar o início de uma nova era nos navegadores — onde a IA deixa de ser um complemento e passa a ser o núcleo da experiência online. A OpenAI sabe disso. E se tiver a chance, pode muito bem transformar o Chrome no primeiro navegador realmente inteligente do mundo.

A pergunta que fica:
Será que o Google está prestes a perder o controle do seu trunfo mais estratégico fora do buscador?


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