HTC anuncia óculos inteligente Vive Eagle: rival do Ray-Ban Meta com IA

A HTC quer voltar aos holofotes da computação vestível com os Vive Eagle, seus primeiros óculos inteligentes com câmera e assistente de IA integrados. O design “wayfarer” lembra os modelos populares do mercado, mas a proposta é ir além do registro de fotos e vídeos: pergunte, mostre, contextualize — e deixe a IA trabalhar. O obstáculo? Disponibilidade limitadíssima: por agora, pré-venda apenas em Taiwan, sem planos oficiais para outros mercados.

Principais destaques (em 1 minuto)

• Design urbano no estilo “wayfarer”, com opções vermelho, cinza, preto e marrom (corpo semi-translúcido em algumas versões).
• Câmera de 12 MP na haste esquerda, com LED de privacidade na direita que pisca ao gravar.
• Botão multifunção na haste: ativa a câmera e chama o assistente de IA.
• IA híbrida: integração com ChatGPT e Google Gemini; dá para enviar áudio e imagens como contexto para as respostas.
• Som por condução aberta com alto-falantes Bose embutidos nas hastes.
• Bateria de 235 mAh (cerca de 50% maior que a do concorrente mais famoso), até 4h30 de música contínua e 36 h em espera.
• Carga rápida: ~50% em 10 minutos.
• 64 GB de armazenamento local, Qualcomm Snapdragon AR1 e IP54 (resiste a poeira e respingos).
• Disponibilidade: Taiwan no lançamento; sem previsão para Brasil, EUA ou Europa.

Design e privacidade: registro em primeira pessoa, sem surpresas

O formato wayfarer busca parecer um óculos comum — ponto importante para uso no dia a dia. As câmeras frontais ficam discretas, e o LED de privacidade pisca sempre que há captura de foto ou vídeo. A escolha reduz a chance de constrangimentos em ambientes públicos e atende a expectativas mínimas de sinalização.

Cores: vermelho, cinza, preto e marrom, com versões semi-transparentes que deixam parte da eletrônica à mostra — um toque de estética “tech”.

Câmera + IA: a dupla que faz sentido

A câmera 12 MP registra fotos e vídeos em primeira pessoa — úteis para creators, tutoriais “hands-on”, viagens e bastidores. O trunfo é o botão físico na haste direita: ele dispara a câmera e também invoca o assistente de IA.

A integração com ChatGPT e Google Gemini permite fazer perguntas usando voz, texto (via app) e contexto visual/sonoro:

• descreva um objeto que você está mirando,
• grave o som ambiente,
• capture uma imagem para a IA analisar e responder com instruções, resumos, ideias ou legendas.

Áudio: “ouvir sem se isolar”

Cada haste traz um alto-falante Bose voltado ao ouvido, mantendo a percepção do ambiente. É a solução preferida para óculos inteligentes: você escuta música, podcasts ou a resposta da IA sem tampões no canal auditivo e sem fechar o mundo ao redor.

Bateria e carregamento: avanço onde mais fazia falta

Com 235 mAh, os Vive Eagle prometem até 4h30 de reprodução contínua de música e até 36 horas em standby. O número que chama atenção é a carga rápida: 10 minutos no carregador rendem algo próximo de 50% de bateria — ideal para completar energia enquanto você se arruma para sair.

Hardware e resistência

• Processador: Qualcomm Snapdragon AR1, voltado a recursos de visão computacional e IA embarcada.
• Armazenamento: 64 GB para clipes, fotos e áudios.
• Proteção: IP54 — resiste a poeira e a respingos de água (chuva leve), mas não é à prova d’água.

Controles e app companheiro

Além do botão físico, há gestos básicos nas hastes para volume e controle de mídia. O app móvel (Android/iOS) serve para:

• revisar e baixar fotos e vídeos,
• configurar atalhos da IA,
• gerenciar permissões (câmera/microfone),
• ajustar qualidade de captura e privacidade.

Comparativo rápido: Vive Eagle x óculos populares do mercado

Leitura prática: a bateria maior e a IA híbrida dão vantagem em usabilidade; a disponibilidade restrita é o freio.

Para quem esses óculos fazem sentido?

• Criadores de conteúdo que precisam de POV estável e rápido para reels, shorts e bastidores.
• Profissionais de campo (suporte técnico, manutenção, inspeções) com necessidade de mãos livres e IA para consulta rápida.
• Turistas e entusiastas que querem registrar e narrar experiências sem tirar o celular do bolso.
• Atividades leves ao ar livre (caminhada, ciclismo urbano) — lembrando que IP54 não é mergulho.

Limitações e pontos de atenção

• Sem lançamento global: por enquanto, somente Taiwan. Importação paralela implica garantia e suporte incertos.
• Privacidade: apesar do LED, o uso de câmera em espaços fechados pode gerar restrições e constrangimentos; vale perguntar antes.
• Proteção IP54: resiste a chuva leve e suor, mas não a imersão.
• Autonomia real: o uso intenso de câmera + IA + áudio reduz o tempo longe da tomada; leve o case/carregador.

Especificações resumidas

Perguntas frequentes (FAQ)

Posso usar na chuva?
Sim, em chuva leve. O padrão IP54 protege contra respingos, não contra imersão.

A IA funciona sem internet?
Os recursos principais dependem de conexão para processar consultas complexas; funções básicas do dispositivo não.

Cabe em grau?
O design é compatível com lentes substituíveis em muitas óticas, mas a disponibilidade de molduras compatíveis varia por região.

Dá para editar e postar direto?
Sim. O app permite cortar, aplicar ajustes rápidos e publicar nas principais redes.

Chega ao Brasil?
Sem previsão. A HTC inicia por Taiwan e decidirá próximos mercados conforme a estratégia da linha.

Conclusão

Os HTC Vive Eagle atacam duas dores clássicas de óculos inteligentes: bateria e assistente útil. A combinação de câmera 12 MP, IA híbrida (ChatGPT + Gemini), som Bose e carga rápida compõe um pacote convincente para creator e uso urbano. O grande “mas” é a disponibilidade: por ora, limitada a Taiwan. Se chegarem a mais países mantendo esse conjunto, têm tudo para ser a alternativa mais direta aos modelos que dominam o segmento hoje.